Table Of Contentde rua em camponeses, e novas perspectivas de Ampliando os horizontes possíveis para a análise, os artigos aqui reunidos recuperam e Lu A coletânea Lutas camponesas contemporâneas:
ta Lutas camponesas
casos bastante conhecidos, caso da luta pela terra atualizam leituras de algumas das formas de resistência e de recriação do campesinato, s c condições, dilemas e conquistas da História Social
a
em Eldorado dos Carajás. Ao final, em uma de maio de 1978 até o começo do século XXI. Revelam a complexidade da questão agrá- mp do Campesinato oferece compreensão mais
o
perspectiva geográfica, surgem os mapas dos ria e mostram como os camponeses enfrentam processos expropriatórios, políticas de ne contemporâneas: condições, ampla do mundo cultural, político, econômico e
s
a
conflitos que marcam o campo brasileiro. criminalização e estratégias de controle político. s c social em que o camponês produz e se reproduz.
o
n
As análises mostram como a partir da capacidade tem dilemas e conquistas Neste segundo volume, quinze artigos mostram
p como as lutas camponesas nas diferentes regiões
de mobilização e organização do campesinato orâ
n do Brasil se transformam em espaços de resistên-
retoma-se o debate sobre a questão fundiária; a e
a
preservação ambiental e a sobrevivência das s: c cia e de luta contra a desterritorialização.
o
n
populações “tradicionais”. As formas e os espaços diç Abordando conflitos desde a expulsão dos possei-
õ
das diversidades são tratados com base em es ros da Reserva Indígena de Nonoai, no Rio
, d
estudos sobre ocupações de terra e acampamen- ilem vol. II Grande do Sul, em maio de 1978, até o começo do
tos, valorizando o papel das redes de relações de as século XXI, estes trabalhos partem de variada
e
parentesco, solidariedade e conflitualidade, por co inspiração teórica e se valem de amplo contexto
n
q
meio das quais os sujeitos em movimento u empírico concreto e dados etnográficos. Amplian-
is
constroem suas organizações. tas A diversidade das formas das lutas no campo do os horizontes possíveis para a análise, recupe-
–
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e
campesinato nacional. Mostram como os rn Discutem-se aqui questões como as implicações e
a Bernardo Mançano Fernandes,
n
camponeses, estes novos sujeitos sociais, Coleção História Social do Campesinato no Brasil des a continuidade das desigualdades de gênero e a
constroem seu futuro, rompem com as separa- , M Leonilde Servolo de Medeiros e Maria Ignez Paulilo (Orgs.) repressão sexual, a reforma agrária de mercado, as
e
d
ções entre campo e cidade e buscam o direito de e formas de organizações criadas no processo de
iro
viver na terra mesmo tendo de enfrentar proces- s e luta, assim como as complexas redes e articula-
P
sos expropriatórios, políticas de criminalização e a ções existentes nos acampamentos e em outros
u
estratégias de controle político. lilo espaços de resistência. Também há temas pouco
(O
rg comuns, como a transformação de ex-moradores
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.)
NEAD UNESP
Lutas camponesas
contemporâneas:
condições, dilemas
e conquistas
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BERNARDO MANÇANO FERNANDES
LEONILDE SERVOLO DE MEDEIROS
MARIA IGNEZ PAULILO
(Orgs.)
Lutas camponesas
contemporâneas:
condições, dilemas
e conquistas
A diversidade das formas
das lutas no campo
volume 2
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v.2
Lutas camponesas contemporâneas: condições, dilemas e conquistas,
v.2: a diversidade das formas das lutas no campo/Bernardo Mançano
Fernandes, Leonilde Servolo de Medeiros, Maria Ignez Paulilo (orgs.).
– São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: Núcleo de Estudos Agrários
e Desenvolvimento Rural, 2009.
369p. – (História social do campesinato brasileiro)
ISBN 978-85-7139-969-3 (Editora UNESP)
ISBN 978-85-60548-54-5 (NEAD)
1. Camponeses – Brasil – História. 2. Camponeses – Brasil –
Condições sociais. 3. Trabalhadores rurais – Sindicatos – Brasil
– História. 4. Camponeses – Brasil – Atividades políticas. 5. Brasil
– Condições rurais. 6. Posse da terra – Brasil. 7. Movimentos
sociais rurais – Brasil – História. I. Fernandes, Bernardo Mançano.
II. Medeiros, Leonilde Servolo de. III. Paulilo, Maria Ignez Silveira.
IV. Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural. V. Série.
09-4543. CDD: 305.5633
CDU: 316.343
Editora afi liada:
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História Social do Campesinato no Brasil
Conselho Editorial Nacional
Membros
Membros efetivos
Ariovaldo Umbelino de Oliveira (Universidade de São Paulo)
Bernardo Mançano Fernandes (UNESP, campus de Presidente Prudente)
Clifford Andrew Welch (GVSU & UNESP, campus de Presidente
Prudente)
Delma Pessanha Neves (Universidade Federal Fluminense)
Edgard Malagodi (Universidade Federal de Campina Grande)
Emilia Pietrafesa de Godoi (Universidade Estadual de Campinas)
Jean Hebette (Universidade Federal do Pará)
Josefa Salete Barbosa Cavalcanti (Universidade Federal de Pernambuco)
Leonilde Servolo de Medeiros (Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro, CPDA)
Márcia Maria Menendes Motta (Universidade Federal Fluminense)
Maria de Nazareth Baudel Wanderley (Universidade Federal de
Pernambuco)
Maria Aparecida de Moraes Silva (UNESP, campus de Araraquara)
Maria Ignez Paulilo (Universidade Federal de Santa Catarina)
Marilda Menezes (Universidade Federal de Campina Grande)
Miguel Carter (American University, Washington – DC)
Paulo Zarth (Unijuí)
Rosa Elizabeth Acevedo Marin (Universidade Federal do Pará)
Sueli Pereira Castro (Universidade Federal de Mato Grosso)
Wendy Wolford (Yale University)
Coordenação
Horácio Martins de Carvalho
Márcia Motta
Paulo Zarth
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO À COLEÇÃO 9
PREFÁCIO 19
INTRODUÇÃO 23
Bernardo Mançano Fernandes, Leonilde Servolo de Medeiros
e Maria Ignez Paulilo
1 Considerações sobre uma década de lutas sociais
no campo no extremo sul do Brasil (1978-88) 33
Anita Brumer
2 A engrenagem das ocupações de terra 53
Lygia Sigaud
3 Para além da barraca de lona preta:
redes sociais e trocas em acampamentos e
assentamentos do MST 73
Nashieli C. Rangel Loera
4 A “forma movimento” como modelo contemporâneo
de ação coletiva rural no Brasil 95
Marcelo Rosa
5 Mobilização camponesa no sudeste paraense
e luta pela reforma agrária 113
William Santos de Assis
6 A fresta: ex-moradores de rua como camponeses 139
Marcelo Gomes Justo
7 As faces ocultas de um confl ito: a luta pela terra
em Eldorado dos Carajás 159
Luciana Miranda Costa
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Sumário
8 Movimentos das mulheres agricultoras e os muitos
sentidos da “igualdade de gênero” 179
Maria Ignez S. Paulilo
9 A participação da mulher na luta pela terra:
dilemas e conquistas 203
Sônia Fátima Schwendler
10 Hoje, a mulher é a estrela – divisão sexual do trabalho
guerreiro nas lutas camponesas no Maranhão 223
Maristela de Paula Andrade
11 De pobre e sem-terra a
pobre com-terra e sem sossego: territorialização
e territorialidades da reforma agrária de mercado
(1998-2006) 247
Eraldo da Silva Ramos Filho
12 Neoliberalismo e lutas camponesas no Brasil:
contestação e resistência à reforma agrária de mercado
do Banco Mundial durante o governo FHC 279
João Márcio Mendes Pereira
13 A Articulação do Semi-Árido brasileiro:
camponeses unidos em rede para defender a
convivência no Semi-Árido 303
Ghislaine Duque
14 A maior estrutura sindical do Brasil:
papel do sindicalismo de trabalhadores rurais
no pós-64 321
Rudá Ricci
15 Geografi a da confl itualidade no campo
brasileiro 339
Eduardo Paulon Girardi e Bernardo Mançano Fernandes
Sobre os autores 367
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APRESENTAÇÃO À COLEÇÃO
P
or uma recorrente visão linear e evolutiva dos processos
históricos, as formas de vida social tendem a ser pensadas se sucedendo
no tempo. Em cada etapa consecutiva, apenas são exaltados seus princi-
pais protagonistas, isto é, os protagonistas diretos de suas contradições
principais. Os demais atores sociais seriam, em conclusão, os que, por al-
guma razão, se atrasaram para sair de cena. O campesinato foi freqüente-
mente visto dessa forma, como um resíduo. No caso particular do Brasil, a
esta concepção se acrescenta outra que, tendo como modelo as formas
camponesas européias medievais, aqui não reconhece a presença históri-
ca do campesinato. A sociedade brasileira seria então confi gurada pela
polarizada relação senhor–escravo e, posteriormente, capital–trabalho.
Ora, nos atuais embates no campo de construção de projetos concor-
rentes de reordenação social, a condição camponesa vem sendo socialmente
reconhecida como uma forma efi caz e legítima de se apropriar de recursos
produtivos.
O que entendemos por campesinato?
São diversas as possibilidades de defi nição conceitual do termo. Cada
disciplina tende a acentuar perspectivas específi cas e a destacar um ou out ro
de seus aspectos constitutivos. Da mesma forma, são diversos os contextos
históricos nos quais o campesinato está presente nas sociedades. Todavia,
há reconhecimento de princípios mínimos que permitem aos que investem,
tanto no campo acadêmico quanto no político, dialogar em torno de refl e-
xões capazes de demonstrar a presença da forma ou condição camponesa,
sob a variedade de possibilidades de objetivação ou de situações sociais.
Em termos gerais, podemos afi rmar que o campesinato, como categoria
analítica e histórica, é constituído por poliprodutores, integrados ao jogo
de forças sociais do mundo contemporâneo. Para a construção da história
social do campesinato no Brasil, a categoria será reconhecida pela produção,
em modo e grau variáveis, para o mercado, termo que abrange, guardadas
as singularidades inerentes a cada forma, os mercados locais, os merc ados
9
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