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Spiritan LIAM - autores vários
Coll. Missionários do Espírito Santo
Spiritan Collection
DUQUESNE
LJNIVERSITY
The Gumberg Library
Congregation ofthe Holy Spirit
USA
Eastern Province
Digitized by the Internet Archive
in 2012 with funding from
LYRASIS Members and Sloan Foundation
http://archive.org/details/missoparaumnovomOOIiam
A MISSÃO
NO TERCEIRO MILÉNIO
Missionáriosdo EspíritoSanto
L. I. A. M.
Rua de SantoAmaro (à Estrela), 51
1200-901 LISBOA
TeL 21 393 3000 Fax: 21 393 3019
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FUNDÃO
RuaJosé Germano da Cunha, 39-6230 FUNDÃO
Telef. 275 75 35 16-Fax: 275 77 10 37 (pO
Título
AMISSÃO NOTERCEIRO MILÉNIO
Textos
Eduardo Miranda, Torres Neiva, Eduardo Osório, AgostinhoTavares,José Costa,
Magalhães Fernandes,José Gaspar, DomingosVitorino, TonyNeves,José Carlos,
Faustino Monteiro,José Manuel Sabença, António Andrade
Capa
VictorNarciso
Coordenadores
Tony Neves,José de Castro, TorresNeiva, CarlosSalgado
Edição
LIAM
MISSIONÁRIOS DO ESPÍRITO SANTO
APRESENTAÇÃO
Missão no Terceiro Milénio
A alegria jubilar com que celebramos os dois mil anos do Mistério da
Encarnação, foi certamente motivo de revigoramento da nossa fé e teste-
munho
cristãos.
Ao entrarmos no Terceiro Milénio, frente aos desafios postos à nossa
consciênciamissionária, saiespontâneoaquiloquepoderiaconstituirolema
donossotrabalhodeanimação missionária: "caminhos novos, missãode
sempre".
Sendo o mundo a "agenda de Deus", temos que perceber bem a reali-
dade em que nos movemos nós e em que se movem os homens e mulhe-
resdo nossotempo. Sóassimpodemos proporetestemunhar, de forma sig-
nificativa, a mensagem libertadora do Evangelho. Esse é aliás o objectivo
dos temas, testemunhos e sugestões que encontramos neste livro. Funda-
mentalmente, oquese pretendeéque nos sintamosconfirmados nestacon-
vicçãoque nos habita: a Igreja continuará nofuturo a sermissionária. É que
ser missionária faz parte da sua natureza.
Aos cristãos, Jesus entregou a "missão" de testemunhar e anunciar o
amor de Deus até aos confins da terra. Não podem existir fronteiras para
este amor e, por isso, há consequências a tirar:
-somos convocados a entenderque o baptismo não nos integrou num
cristianismo e numa Igreja, com o objectivo de garantir, individualistica-
mente, a tranquilidade da nossa salvação;
- o nosso baptismo, põe-nos em movimento. A nossa vida é para ser
gasta ao serviço dos outros; pelo Baptismo deixamos de ser propriedade
privada: "Idepelo mundo inteiro..."
Há quem diga: "Sejamos realistas. Vamosprimeiroatacarosproblemas
daqui; depois, os defora..."Esta afirmação denota uma mentalidade com-
pletamente errada e superada. Todos, pelas convicções da nossa fé e da
nossa consciência missionária, temos já critérios que não nos deixamesmo-
recer: a fé do cristão está sujeita a morrer, quando não vai além das portas
de sua casa. PauloVI odisse eJoão Paulo II otem muitas vezes reafirmado:
"uma Igrejafechada sobre si mesma, sem abertura missionária, é Igreja
incompleta ou está doente".
Maria, a Rainha das Missões e a Estrela da Evangelização oriente a
humanidade do novo milénio e guie os passos dos cristãos e dos missio-
nários paraAquele que é a «a luzverdadeira, queatodoohomem ilumina».
P. EduardoMiranda Ferreira
SuperiorProvincial
l.s Tema
A MISSÃO NA SUA FONTE
PALAVRA DE DEUS:
"Vós sois o sal da terra! Ora, se o sal se corromper, com que se
há-de salgar ? Não servepara mais nada, senãopara ser lançado
fora e serpisadopelos homens.
Vós sois a luz do mundo! Não sepode esconder uma cidade
situada sobre um monte; nem se acende a candeiapara a colocar
debaixo do alqueire, mas sim em cima do velador, e assim alumia
a todos os que estão em casa.
Brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as
vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai, que está nos Céus."( Mat.
5, 13-16)
1. Para introduzir o tema
Pregava um dia o P.Caffarel um retiro a sacerdotes. Num dado
momento disse-lhes: "O vosso ministériopastoral exige de vós que
tenhais, pelo menos, uma hora de oração todos os dias". Os padres
que o ouviam ficaram um pouco incomodados e foram-lhe dizendo
que o trabalho que tinham - catequese, reuniões, confis-sões, aulas,
conferências e por aí adiante - nào lhes deixava tempo para uma
hora de oração todos os dias; era demasiado. Então o P. Caffarel
respondeu-lhes: — Bem, se defacto tiverem muito, muito trabalho,
então uma hora de oraçãopor dia não chega; precisais de duas".
O trabalho sem oração para um apóstolo não tem sentido. Porquê?
Espero que a reflexão que vamos fazer vos ajude a encontrar a res-
posta.
2. A missão é de Deus
A primeira ideia a reter no estudo sobre a missão no novo milé-
nio é de que a missão é de Deus. Ela nasce no seio da Trindade,
ou seja, na fonte do amor. Deus é como uma fonte que não pode
conter nem guardar as águas para si. É nesse amor-fonte que nas-
cem as missões do Filho e do Espírito Santo. É no desígnio amo-
roso de Deus de querer salvar todos os homens e torná-los par-
ticipantes do seu amor, que nasce a missão. A nossa colaboração
missionária consiste apenas em nos deixarmos tocar e envolver por
este plano amoroso de Deus. Não há maneira de sermos fiéis à
missão, senão aproximarmo-nos desta fonte, para captarmos as
suas águas ou seja, o seu amor.
3. O apóstolo, primeira "terra de missão"
Este contacto directo com a fonte que se chama santidade, é
,
fundamental para entrarmos em contacto com a missão do Pai. A
primeira graça da missão é fazer do apóstolo um confidente de
Deus, um homem e uma mulher da sua intimidade. O que faz o
missionário não é em primeiro lugar anunciar Cristo aos outros,
mas deixar-se converter pelo amor do Pai. O apóstolo, ou seja:
cada um de nós, é assim a primeira "terra de missão". Da missão
do Verbo, que, através dos sinais mais simples - o pão e o vinho,
a palavra e o gesto, a amizade e a festa, a dor e o amor - todos
os dias vem ter comnosco e põe a sua mesa no meio de nós. É a
nossa vida que, antes de mais nada, se torna a parábola que anun-
cia que Cristo ama e vive no meio do seu povo.